O horror à morte




A maior parte das pessoas que consomem “carne” não participa de todas as etapas de que ela depende para existir, adquirindo-a, em vez disso, em açougues ou supermercados. A maioria dessas mesmas pessoas não suporta executar ou sequer acompanhar o processo que leva um animal a “se tornar” “carne”. Esquiva-se, até mesmo, diante de uma simples referência para que se assista algum vídeo que exibe as práticas dentro dos abatedouros e a realidade geral da exploração animal[6]. Evita-se passar por isso com o intuito de não (re)descobrir a verdade e nega-se, aprioristicamente, todos os argumentos no sentido de ser demovido da ilusão a que se auto-imputa ou da arrogância e do excesso de convicção sobre a “naturalidade” do ato de comer “carne” ou sobre a existência e a legitimidade de uma “lida gentil” e de um “abate humanitário” — a evasão contrarrealista.[7]


Trecho extraído do texto "A imposição da violência" encontrado no site Vista-se

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