Fazer o que todo mundo faz


Uma mensagem no Facebook me guiou para um blog que satiriza o modo de vida de uma determinada classe social.

Em tempo: sou contra rotular um grupo pelo seu status financeiro.

Porém, a mensagem contida nesse post é muito inteligente e infelizmente reflete a realidade.

Trágico ou não, é verdade e ocorre não somente nos grupos intitulados como classe média, mas em todos os grupos onde há a concentração de 2 ou mais seres humanos.

Segue o post:





Um verdadeiro membro da Classe Média precisa estar em sintonia com seu grupo social, principalmente quando se trata do “instinto de manada” que lhe é característico. Como qualquer rebanho, este instinto é um recurso que o grupo possui para manter e perpetuar seu modo de vida, mesmo em qualquer adversidade. Como forma de justificar tudo o que faz de errado, ilícito, fora do padrão ou desaconselhável, ou mesmo algo que nada tem de errado, mas não se tem a mínima vontade de fazer, o médio-classista sempre pode apelar para o velho argumento: “todo mundo faz, então não tem problema se eu fizer”.



Isto se aplica às mais diversas situações e dificilmente você encontrará alguma em que não possa usar. Funciona quando alguém faz qualquer coisa que não era pra fazer, e é seguido por um segundo alguém. A partir do terceiro alguém, todos podem fazer uso desta maravilhosa estratégia: o que não era pra ser feito passa a ser “permitido”. Já a décima pessoa nem está com vontade de fazer, mas faz porque é permitido. E da décima quinta em diante, não se sabe mais por que se está fazendo aquilo nem por que começou, mas faz assim mesmo. Em resumo: não importa o quanto algo seja errado, quando todo mundo faz, este algo passa imediatamente a ser certo. E se esperar mais um pouco, em alguns minutos o que era certo vai virar algo como uma “obrigação social”.



As aplicações para esta ferramenta são muitas: estacionar em fila dupla, comprar um produto que não precisa, deixar de assinar a Carteira de Trabalho da empregada, comer no McDonalds, sonegar imposto, beber e dirigir, gostar de música sertaneja.



Na faculdade, por exemplo, o médio-classista acompanhou “todo mundo” e também usou drogas, passou trotes violentos nos calouros, dançou pelado e bêbado em cima da mesa, pagou para alguém fazer seu trabalho. No dia-a-dia da vida, ele vai votar em quem a Classe está votando nas eleições, vai arrumar um emprego só porque tem algum padrinho (mas dizer a todos que foi por mérito), viajar para o mesmo lugar que todo mundo, enfrentar fila pra comer no restaurante da moda.



Portanto, não importa o que você fizer. Caso se encaixe no que “todo mundo” faz, o que quer que tenha feito é plenamente justificável e ninguém o questionará. Pelo menos ninguém da Classe Média.






O nome desse fenômeno é egrégora.

Egrégora provém do grego egrégoroi e designa a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: todas as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc.
Egrégora é como um filho coletivo, produzido pela interação "genética" das diferentes pessoas envolvidas. Se não conhecermos o fenômeno, as egrégoras vão sendo criadas a esmo e os seus criadores tornam-se logo seus servos já que são induzidos a pensar e agir sempre na direção dos vetores que caracterizaram a criação dessas entidades gregárias. Serão tanto mais escravos quanto menos conscientes estiverem do processo. Se conhecermos sua existência e as leis naturais que as regem, tornamo-nos senhores dessas forças colossais.
Texto extraído do livro Mitos e verdades sobre o Yôga - DeRose). Leia mais neste link.

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